BANDEIRAS SÃO
SÍMBOLOS VISUAIS QUE
REPRESENTAM UM PAÍS,
ESTADO, MUNICÍPIO,
BAIRRO, ORGANIZAÇÃO
E/OU SOCIEDADE.
A origem das bandeiras remonta à Idade Média, quando os exércitos aliados, para não se confundirem uns com os outros, usavam um pedaço de pano hasteado num estandarte, com as cores e sinais de identificação do batalhão ou companhia envolvida.
O Brasil adotou oficialmente um projeto para sua bandeira nacional em 19 de novembro de 1889, substituindo a bandeira do Império do Brasil. A inscrição “Ordem e Progresso” é uma forma abreviada do lema político positivista cujo autor é o francês Auguste Comte:
"O amor como princípio e a ordem
como base; o progresso como meta"
L’amour pour principe et l’ordre pour base; le progrès pour but
A u g u s t e C o m t e
Vários projetos foram fortemente inspirados pela bandeira imperial verde-amarela, apesar de um pavilhão preto–branco–vermelho também ter sido proposto. Essas cores representariam os principais grupos de população brasileira, sendo os índios nativos, os colonos imigrantes europeus brancos e os negros africanos.
Anos e anos se passaram. Entre ditaduras e uma jovem república, hoje o país encontra-se alçado à uma extrema polaridade político-social. Radicalismo, escândalos de corrupção, violência, preconceitos, economia instável. O descrédito da população em seus representantes nunca foi tão alto. A bandeira nacional a cada dia torna-se mais partidária, excludente e menos representativa.
Projeto de Júlio Ribeiro, 1888. Posteriormente
tornou-se a bandeira do
estado de São Paulo
Projeto de
Antônio da Silva
Jardim, 1890
Projeto de José Maria da Silva Paranhos Júnior,
1890
Projeto de Lopes Trovão 1889. Chegou a ser içada, mas foi substituída pelo projeto de Ruy Barbosa.
Projeto de Oliveira Valadão,1892
Projeto de Wenceslau
Escobar, 1908
Segundo projeto de Eurico de Góis, 1933.
Na atual conjuntura política uma
bandeira consegue representar tantas vozes?
E se existissem outras bandeiras nacionais? Como elas seriam? O que elas representariam? É possível existir um único símbolo nacional?
Convidamos CRIADORXS BRASILEIRXS a realizarem uma releitura artística da bandeira do Brasil que tenha como objetivo e por temas ou ideias que representem OUTRAS VOZES. Desta releitura, nasceu a exposição BANDEIRARTE (Bandeira 2)
Alberto Pereira (RJ) / Bruno Pereira (RJ) / Diogo Rustoff (GO)
Fabrício Carva (RJ) / Filipe Gondim + Raíssa Bezerra (PE)
Leonardo Mareco (MS) / Marina Rombaldi (RS)
Martín MTN (RJ) / Silvana Mendes (MA)
Alberto Pereira (RJ)
Bruno D'Pereira (RJ)
Diogo Rustoff (GO)
Fabrício Carva (RJ)
Filipe Gondim + Raíssa Bezerra (PE)
Leonardo Mareco (MS)
Marina Rombaldi (RS)
Martín MTN (RJ)
Silvana Mendes (MA)
ALBERTO PEREIRA
Rio de Janeiro, RJ
Alberto Pereira é artista visual nascido no Rio de Janeiro e criado entre Niterói, Rio de Janeiro, Brasília e Angra dos Reis. Teve seu trabalho exposto em festivais de arte urbana, arte contemporânea tais como Art Rua (Brasil, 2016), CHEAP Street Art Festival (Itália, 2017), Something Else Off Biennale Cairo (Egito, 2018), além de individuais no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno (Brasil, 2017) e no Brazil-Lebanon Cultural Center (Líbano, 2018). Em 2016 criou a rede Lambes Brasil, focada na divulgação, valorização e produção de eventos e oportunidades aos artistas de rua produtores de lambe-lambe (cartazes urbanos) em território nacional. Desde 2018 a rede produziu eventos na Argentina, Brasil, Egito, Líbano, além de auxiliar iniciativas independentes em Manaus, Goiânia, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.
BRUNO D’PEREIRA
Rio de Janeiro, RJ
Designer Gráfico formado Design Industrial pela Universidade Candido Mendes e Técnico em Design Gráfico pelo SENAI RJ. Atuando em Branding, Design UI, Embalagem e Ilustração.
DIOGO RUSTOFF
Goiânia, GO
Diogo Rustoff é um artista brasileiro, nascido em Goiânia, cidade no qual reside e trabalha. Começou a produzir seus primeiros estênceis em 2006 usando para pinta-los nos muros da cidade ou explorar seu uso em peças feitas em ateliê. Entre essas experimentações e meio sem saber que estava adentrando à uma pratica antiga entre artistas de rua, Rustoff começa a produzir lambe-lambe, com o intuito de espalhar o máximo de trabalhos pela cidade e também trocar com artistas de outras cidades. Prática essa que mantém até hoje com contatos de todo o mundo. Em sua produção, Rustoff busca criar vários personagens que passam a habitar a cidade ou os lugares para onde são enviados. Cria uma espécie de população paralela e brinca com ilusão proporcionada por eles, pois, em muitos dos casos, as personagens possui a escala humana. É um observador da cidade e procura registrar um pouco da poesia que normalmente passa despercebida em nossas rotinas.
FABRICIO CARVA “MIZTERZED”
Niterói, RJ
Suburbano, nascido em Niterói, mudou-se ainda criança para Bonsucesso, zona norte da cidade do Rio de Janeiro. Educador, designer de formação e artísta gráfico de coração, define-se artísticamente “em constante movimento de mutação”. Inquieto, transita por diversas expressões artísticas, apropriando-se das mais variadas técnicas, materiais e suportes, em sua busca antropofágica visual.
FILIPE GONDIM + RAÍSSA BEZERRA
Recife, PE
Raíssa Bezerra é Designer. Filipe Gondim é Artista Visual. Ambos nascidos e residentes em Pernambuco.
LEONARDO MARECO
Campo Grande, MS
Estudante de Artes Visuais pela UFMS, Leonardo Mareco, 21, foi criado na arte urbana tendo seus primeiros riscos e arriscos na pichação e posteriormente no grafite. Conheceu o Lambe-lambe há aproximadamente dois anos, e desde então estuda afundo essa linguagem. Através dessa arte democrática, se expressa e procura se comunicar com as mais diversas pessoas, causando um momento de reflexão sobre as diferentes problemáticas que permeiam o dia a dia da sociedade contemporânea.
MARINA ROMBALDI
Caxias do Sul, RS
Artista visual e bacharela em Artes Visuais pela Universidade de Caxias do Sul, desenvolve sua pesquisa e criaçã o com base em uma investigação acerca das questões subjetivas universais e a relação entre o ser humano, a imagem e o espaço. Questiona a ação do tempo, da matéria durável e o comportamento da imagem e das cores.
MARTÍN MTN
Rio de Janeiro, RJ
Graduando em Arquitetura e Urbanismo, artista visual autoditada, atuante em diversas modalidades artísticas
como design gráfico, graffiti, muralismo e tatuagem.
SILVANA MENDES
São Luiz, MA
Artista Visual, graduanda em Artes Visuais pela Universidade Federal do Maranhão, desenvolvendo um
trabalho que busca investigar o cotidiano e a subjetividade do comum, resignificando símbolos e visualidades através da fotografia e colagem digital ou manual, também com o uso de dispositivos móveis para produçã o fotográfica, usando como suporte o lambe e trazendo as experiências artísticas também para licenciatura e ocupando espaços como facilitadora de oficinas e palestras e também com suportes e veículos de produçã o artística, escrita poética e o vídeo.
PARCEIROS
Aprendizagem despertiva. SOLTO é um hub criativo. Um núcleo de cultura urbana que busca despertar a criatividade,
novos negócios e iniciativas.
O Espaço Cultural Olho da Rua foi idealizado por Antônio Breves, artista plástico e curador. O Olho da Rua foi todo
construído com material reciclado e traz o despojamento de um local onde a estética e arquitetura urbana, dão ao material bruto o status de acabamento, onde menos vale mais.
O espaço se propõe a ser um polo irradiador de ideias, uma ponte entre o público e o privado, focando suas
ações na interação entre as artes. iativo. Um núcleo de cultura urbana que busca despertar a criatividade, novos
negócios e iniciativas. Conecta a experiência de instrutores e alunos, desenvolvendo redes que se apoiam mutuamente, capacitando e engajando criativos.
O objetivo é criar pontes para que os jovens ocupem as cidades de maneira organizada e artística. Estudam
movimentos culturais para criar e selecionar experiências nas mais variadas áreas, permitindo real aplicação dos conteúdos.
Projeto idealizado por Carolina Palomo, Pedro Medeiros, Jordan e Alberto Pereira durante a residência criativa SOLTO.
Julho, 2019