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COLA PRA VER: LAMBE LAMBE NA UNIVERSIDADE

Estética do Lambe ganha estudo e site de alunas da UNESP


Foi com alegria, que artistas de lambe receberam mensagens das alunas de jornalismo Fernanda Saito e Tatiana Aguiar, da Universidade Estadual Paulista (UNESP), para realização de um trabalho de conclusão de curso, onde o Lambe Lambe foi a matéria a ser estudada. Agora, com a pesquisa concluída, o site colapraver.com.br conta com histórias e entrevistas da cena no Brasil.


A reportagem, que tem como proposta valorizar a cultura do Lambe na arte de rua, principalmente na cidade de São Paulo, também trata de problemas sociais como racismo e questões de gênero. "Escolher um tema sobre Cultura Urbana, vem de encontro com aquilo que acreditamos: a arte como forma de expressão de pensamento, tão necessária para a manutenção e expansão da democracia brasileira". afirmam as estudantes.


O trabalho, realizado durante a pandemia, contou com entrevistas feitas de maneira online e alguns dos vídeos foram enviados pelos próprios artistas. Também foram realizadas captações documentais das autoras.


Ainda, pesquisas feitas nas redes sociais, ajudaram no levantamento de pessoas que atuam com a técnica do Lambe. "Queríamos a maior quantidade de diversidade, por isso buscamos no instagram as hashtags #lambelambe ou #pasteup e fomos vendo tudo que era postado. Achamos trabalhos incríveis, com propostas e estéticas variadas", conta Fernanda Saito.


Para a Alberto Pereira, artista e idealizador da rede Lambes Brasil, levar o Lambe para dentro das salas de aula é algo gratificante. "Quando nós recebemos notícias de que o Lambe Lambe está em trabalhos acadêmicos e faz parte da pesquisa de alunos, nos sentimos reconhecidos. É a confirmação do lambe como técnica e movimento artístico relevante socialmente, que gera pensamentos e reflexões no que entendemos por cultura e sociedade."


Já para Fernanda, agora com o trabalho aprovado pela banca da UNESP, o importante foi mostrar o que acabaram aprendendo com a vida e obra de cada entrevistado. "Nossa proposta sempre foi mostrar um pouco do que aprendemos com as pesquisas, leituras e entrevistas. Queríamos valorizar essa cultura maravilhosa e acho que tivemos êxito nesse sentido", disse. "A diversidade de respostas foi ótima e o mais importante foi ver pessoas que não conheciam se surpreendendo e gerando interesse sobre o assunto, podemos gerar empatia e respeito", completa.


O site conta também com a história dos artistas Cauê Maia, Leonardo Mareco, Gabriel Ribeiro, Bia Ferrer e Bruna Alcantara e Luís Bueno.



Lambe Lambe como dispositivo pedagógico


E por falar em Lambe dentro das salas de aula, no final de abril será também lançada a cartilha "Lambe Lambe Como Dispositivo Pedagógico', idealizada pelos artistas visuais Milla Serejo (@millaborants) e Tacio Russo (@russovisky), de Recife.


O projeto nasceu da ideia de oferecer a educadoras e educadores possibilidades de reinvenção do ensino ao apresentar a arte urbana como alternativa de metodologia dentro da sala de aula.

"Acreditamos que a arte tem um poder imenso de facilitar a percepção do mundo, através das suas múltiplas representações e entendemos que pensar o processo de ensino-aprendizagem pelo viés artístico é potencializar as várias outras linguagens que são trabalhadas dentro da sala de aula", afirma Tacio.

O lançamento oficial da cartilha acontece no dia 28, às 19h, numa bate papo entre os idealizadores no instagram da Lambes Brasil.


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